A austeridade é a guerra do Iraque da Europa: usar uma mentira para provocar a devastação.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Deus não existe
E a prova é haver em Portugal um partido em que pontifica um Vitalino Canas, cujos dirigentes usam a palavra "socialista" sem que um raio os fulmine.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Lavar os olhos
Quando vejo isto
ou isto,
vou lavar os olhos com isto
ou com isto,
mediante a ligeira ficção que o BCE equivale à Bastilha.
O homem que diz as verdades
De vez em quando aparece em Portugal alguém mais truculento que diz "as verdades" para que nunca se diga a verdade. Agora o que está mais na moda é o Prof. Medina Carreira. É uma vocação como outra qualquer.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Modernidade
Sinal de modernidade não é haver computadores em todas as escolas. Sinal de modernidade seria haver tomadas para todos eles.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
PROIBIÇÕES À BELEZA
Nunca verás um quadro de Andy Warhol nem de Frieda Kahlo, nem aplaudirás um discurso político, nem deixarás que se te grete a pele dos cotovelos nem dos joelhos, nem que te endureçam as plantas dos pés.
Nunca ouvirás uma composição de Luigi Nono nem uma canção de protesto de Mercedes Sosa nem verás um filme de Oliver Stone nem comerás directamente das folhas da alcachofra.
Nunca raparás os joelhos nem cortarás o cabelo nem terás borbulhas, cáries, conjuntivite nem (muito menos) hemorróidas.
Nunca andarás descalça sobre o asfalto, a pedra, o saibro, as lajes, o oleado, o zinco, a lousa e o metal, nem te ajoelharás sobre uma superfície que não ceda como o miolo de chancays (antes de torrar).
Nunca usarás no teu vocabulário as palavras telúrico, amorzinho, conscientizar, visualizar, estatalista, caroço, folhelho ou societal.
Nunca terás um hámster nem farás gargarejos nem usarás postiços nem jogarás brídege nem usarás chapéu, boina ou rolo.
Nunca armazenarás gases nem dirás palavrões nem dançarás o rock and roll.
Nunca morrerás.
Nunca ouvirás uma composição de Luigi Nono nem uma canção de protesto de Mercedes Sosa nem verás um filme de Oliver Stone nem comerás directamente das folhas da alcachofra.
Nunca raparás os joelhos nem cortarás o cabelo nem terás borbulhas, cáries, conjuntivite nem (muito menos) hemorróidas.
Nunca andarás descalça sobre o asfalto, a pedra, o saibro, as lajes, o oleado, o zinco, a lousa e o metal, nem te ajoelharás sobre uma superfície que não ceda como o miolo de chancays (antes de torrar).
Nunca usarás no teu vocabulário as palavras telúrico, amorzinho, conscientizar, visualizar, estatalista, caroço, folhelho ou societal.
Nunca terás um hámster nem farás gargarejos nem usarás postiços nem jogarás brídege nem usarás chapéu, boina ou rolo.
Nunca armazenarás gases nem dirás palavrões nem dançarás o rock and roll.
Nunca morrerás.
Mário Vargas Llosa, Os Cadernos de Dom Rigoberto
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Os economistas mediáticos, ou do regime
Tem razão quem diz que vivemos acima das nossas possibilidades: uns de nós vivem acima e outros de nós não têm possibilidades.
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